Filme: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças
"Brilho eterno de uma mente sem lembranças" é um clássico instantâneo e o melhor filme que Jim Carrey vai fazer em sua existência. A produção só atesta o que eu já sei e gostaria que todos entendessem: qualquer relacionamento em geral "Vai terminar em lágrimas". A diferença é se você está disposto a aceitar (e administrar) isso ou não.
O filme começa quando Joel Barish (Jim Carrey, que merce um parágrafo só para ele) acorda com um humor diferente e, ao invés de ir para o trabalho, resolve tirar o dia para dedicar-se a autocomiseração numa praia (num dia glacial). Lá, ele acaba cruzando com a excêntrica Clementine (Kate Winslet) e, apesar da timidez de Joel tentar boicotar qualquer tentativa de conversa, eles acabam se envolvendo num encontro que torna-se mágico sem sair da esfera da realidade. O filme corta para o final do relacionamento, que acaba numa nota tão amarga que Clementine procura o consultório da Lacuna (com cara de clandestino), para apagarJoel da memória e, assim, começar do zero. Acidentalmente, Joel descobre e, com os sentimentos feridos, resolve apagá-la da memória, praticamente por despeito.
O elenco é de 1º classe: protagonistas Jim Carrey e Kate Winslet (a mocinha de TITANIC finalmente apareceu em um filme decente) acompanhados de Elijah Wood (sem aqueles cabelos.. longos e os pés grandes de SENHOR DOS ANÉIS).. e Kirsten Dunst (isso mesmo, a Mary Jane do homem-aranha está em cartaz novamente.)
O mais interessante de tudo é como o filme é colocado. Ele aparece fora de ordem e você tira várias conclusões no decorrer do filme... no fim todas elas caem por terra. É mocionante ver o personagem de Jim Carrey (Joel) tentando salvar a Clementine de sua memória. As tiradas cômicas são muito boas e nada exaustivas. Nada de piadinhas comuns das comédias românticas. Aliás, esse filme não possui ujm gênero definido... é como uma mistura de comédia, drama, suspense e romance. Talvez o drama e o romance seja mais significativo no filme.
É difícil falar de "Brilho eterno..." sem acabar revelando um ou outro segredo da história, mas o filme, de qualquer jeito, se desenrola feito um quebra-cabeça chinês, então eu tenho que pedir que você agüente firme caso a primeira meia hora pareça confusa. A história acompanha não só Joel e Clementine, mas também a equipe responsável pelo apagamento: o doutor Howard (Tom Wilkinson), seu assistente convencido (Mark Ruffalo) e a secretária biruta (Kirsten Dunst) com quem namora e o "estagiário" Patrick (Elijah Wood).
O problema das comédias românticas, que eu acho um tipo de filme ofensivo, é que nunca são sobre duas pessoas que se apaixonam. Na maioria das vezes, um tem que ser super-rico (ou super-qualquer-coisa), o outro super-pobre (ou super-qualquer-coisa), mas ambos com um humor aguçado e tiradinhas rápidas. Tudo bem que "Brilho eterno..." desafia rótulos, mas os protagonistas são pessoas normais. Dolorosamente normais. Eu conheço vários Joels e Clementines, quando não acabo assumindo o papel dos próprios (acho que sou um Joel).
Jim Carrey está perfeito no papel de Joel. E quem achava que as caretas do comediante não eram indicativo de talento, aqui elas sim são utilizadas, mas não de modo a roubar a cena. Ele passa a maior parte do filme numa atuação contida, desaparecendo na timidez de Joel, que quando Carrey "brilha", apesar de surpreendente (e muito engraçado), o modo como o filme exige isso não causa estranheza no público. Carrey me deu um verdadeiro cala-boca, pois eu várias vezes já disse que ele era um palhaço e não um ator.
O roteiro de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças é louco e muito bem amarrado. Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças não é somente uma experiência que brinca com a mente humana: é um filme triste. Portanto, se você resolver assisti-lo (e eu recomendo que realmente vá), prepare-se para ter vontade de entrar em suas próprias lembranças, buscando pessoas que passaram por sua vida e estão escondidos em cantos isolados de sua mente. E, claro, chegar à conclusão de que nenhum relacionamento é tão ruim a ponto de merecer ser sumariamente deletado da memória.
Recomendo a todos que quiserem ir ao cinema se divertir, rir e se emocionar.
O filme começa quando Joel Barish (Jim Carrey, que merce um parágrafo só para ele) acorda com um humor diferente e, ao invés de ir para o trabalho, resolve tirar o dia para dedicar-se a autocomiseração numa praia (num dia glacial). Lá, ele acaba cruzando com a excêntrica Clementine (Kate Winslet) e, apesar da timidez de Joel tentar boicotar qualquer tentativa de conversa, eles acabam se envolvendo num encontro que torna-se mágico sem sair da esfera da realidade. O filme corta para o final do relacionamento, que acaba numa nota tão amarga que Clementine procura o consultório da Lacuna (com cara de clandestino), para apagarJoel da memória e, assim, começar do zero. Acidentalmente, Joel descobre e, com os sentimentos feridos, resolve apagá-la da memória, praticamente por despeito.
O elenco é de 1º classe: protagonistas Jim Carrey e Kate Winslet (a mocinha de TITANIC finalmente apareceu em um filme decente) acompanhados de Elijah Wood (sem aqueles cabelos.. longos e os pés grandes de SENHOR DOS ANÉIS).. e Kirsten Dunst (isso mesmo, a Mary Jane do homem-aranha está em cartaz novamente.)
O mais interessante de tudo é como o filme é colocado. Ele aparece fora de ordem e você tira várias conclusões no decorrer do filme... no fim todas elas caem por terra. É mocionante ver o personagem de Jim Carrey (Joel) tentando salvar a Clementine de sua memória. As tiradas cômicas são muito boas e nada exaustivas. Nada de piadinhas comuns das comédias românticas. Aliás, esse filme não possui ujm gênero definido... é como uma mistura de comédia, drama, suspense e romance. Talvez o drama e o romance seja mais significativo no filme.
É difícil falar de "Brilho eterno..." sem acabar revelando um ou outro segredo da história, mas o filme, de qualquer jeito, se desenrola feito um quebra-cabeça chinês, então eu tenho que pedir que você agüente firme caso a primeira meia hora pareça confusa. A história acompanha não só Joel e Clementine, mas também a equipe responsável pelo apagamento: o doutor Howard (Tom Wilkinson), seu assistente convencido (Mark Ruffalo) e a secretária biruta (Kirsten Dunst) com quem namora e o "estagiário" Patrick (Elijah Wood).
O problema das comédias românticas, que eu acho um tipo de filme ofensivo, é que nunca são sobre duas pessoas que se apaixonam. Na maioria das vezes, um tem que ser super-rico (ou super-qualquer-coisa), o outro super-pobre (ou super-qualquer-coisa), mas ambos com um humor aguçado e tiradinhas rápidas. Tudo bem que "Brilho eterno..." desafia rótulos, mas os protagonistas são pessoas normais. Dolorosamente normais. Eu conheço vários Joels e Clementines, quando não acabo assumindo o papel dos próprios (acho que sou um Joel).
Jim Carrey está perfeito no papel de Joel. E quem achava que as caretas do comediante não eram indicativo de talento, aqui elas sim são utilizadas, mas não de modo a roubar a cena. Ele passa a maior parte do filme numa atuação contida, desaparecendo na timidez de Joel, que quando Carrey "brilha", apesar de surpreendente (e muito engraçado), o modo como o filme exige isso não causa estranheza no público. Carrey me deu um verdadeiro cala-boca, pois eu várias vezes já disse que ele era um palhaço e não um ator.
O roteiro de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças é louco e muito bem amarrado. Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças não é somente uma experiência que brinca com a mente humana: é um filme triste. Portanto, se você resolver assisti-lo (e eu recomendo que realmente vá), prepare-se para ter vontade de entrar em suas próprias lembranças, buscando pessoas que passaram por sua vida e estão escondidos em cantos isolados de sua mente. E, claro, chegar à conclusão de que nenhum relacionamento é tão ruim a ponto de merecer ser sumariamente deletado da memória.
Recomendo a todos que quiserem ir ao cinema se divertir, rir e se emocionar.
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