Filmes: O ILUSIONISTA x O GRANDE TRUQUE
Mês passado assisti no cinema "O Grande Truque", que trata a respeito dos ilusionistas do século 19. "O Ilusionista" foi lançado nos EUA na mesma semana que "O Grande Truque" e, por tratar da mesma temática e não ter um elenco estrelar, foi ofuscado. Porém isso foi uma grande injustiça, na minha opinião. "O Ilusionista" tem um roteiro muito melhor arrumado e mais bem direcionado, o que não acontece no outro filme, onde é fácil o expectador se desligar da história.
O Ilusionista
Título Original: The Illusionist
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 110 minutos
Com reconstituição de época impecável, O Ilusionista é um filme elegante. A fotografia, estonteante, valoriza o excelente trabalho da produção. Ao mesmo tempo em que tem elementos que remetem aos filmes antigos, tem um roteiro cheio de reviravoltas, traições e reencontros.
O ilusionista do título é Eisenheim (Edward Norton). Pobre, cresceu fascinado com pequenos truques de mágica. Cresceu estudando na Europa Oriental, onde aprendeu grandes feitos de ilusionismo. Suas apresentações despertam a curiosidade de um dos mais poderosos e céticos homens da Europa, o Príncipe Leopold. Certo de que as mágicas não passam de fraudes, Leopold vai ao show de Eisenheim disposto a desmascará-lo. Quando Sophie, noiva de Leopold, é chamada ao palco para participar de um número, ela reconhece em Eisenheim uma paixão juvenil. Eles iniciam um romance clandestino e o príncipe delega a um inspetor de polícia a missão de expor a verdade por trás do trabalho do mágico. Este, no entanto, prepara-se para executar a maior de suas ilusões.
O roteiro seduz o expectador, que acompanha cada reviravolta de maneira atônita. Os acontecimentos não se seguem lentamente, mas em uma velocidade em que o expectador consigua caminhar junto e se envolver. No entanto, essa dinâmica é perdida enquanto caminha para o final, especialmente quando ensaia uma história com fundo sobrenatural. A conclusão de O Ilusionista, repleta de reviravoltas e revelações – o que não deixa de surpreender a platéia hipnotizada -, é um tanto quanto atropelada, destoando do resto do filme, desenvolvido com tanto cuidado.
O Grande Truque
Título Original: The Prestige
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 128 minutos
Em muito O Ilusionista se assemelha a O Grande Truque. Porém, neste último, em vez de o foco estar no romance, está no egoísmo humano. Apesar de "O Ilusionista" ser melhor, "O Grande Golpe" tem bom roteiro também e um elenco de primeira. Aliás, apenas nesse quesito esse filme realmente é um grande destaque: o elenco.
"O Grande Truque" é um filme bonito,certinho,com boa reconstituição de época.Mas, o grande mérito,é a atuação de Hugh Jackman,fenomenal,que tirou(finalmente) a capa do Wolverine! No século 19, em Londres, Rupert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale) são dois mágicos cuja amizade transforma-se numa amarga rivalidade. A rivalidade torna-se tão intensa que ambos acabam tomando atitudes drásticas, que marcam as vidas de todos que os rodeiam.
Poucas vezes na história do cinema se viu duas pessoas que se odeiam tanto quando Angier e Borden. E saber retratar este ódio é um dos maiores trunfos da direção de Christopher Nolan. Com um roteiro extremamente inteligente, "O Grande Truque" é um filme que merece ser conferido. O longa nos ensina que para um bom truque funcionar basta fazer a audiência prestar atenção em uma coisa, enquanto o que realmente importa acontece às escondidas. Uma história que mostra até onde vai o orgulho do ser humano em não aceitar uma derrota.
O grande problema desse filme está mesmo na edição. Alguns cortes são extremamente bruscos e algumas montagens dão um ar de desleixo ao filme. Uma pena. Além disso, o ritmo extremamente acelerado e não claro pode confundir o expectador que não for muito bem atento.
Em suma, os dois são ótimos filmes, sendo "O Ilusionista" melhor, na minha opinião. Porém, os dois são pérolas e grandes destaques do ano e merecem ser conferidos.
O Ilusionista
Título Original: The Illusionist
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 110 minutos
Com reconstituição de época impecável, O Ilusionista é um filme elegante. A fotografia, estonteante, valoriza o excelente trabalho da produção. Ao mesmo tempo em que tem elementos que remetem aos filmes antigos, tem um roteiro cheio de reviravoltas, traições e reencontros.
O ilusionista do título é Eisenheim (Edward Norton). Pobre, cresceu fascinado com pequenos truques de mágica. Cresceu estudando na Europa Oriental, onde aprendeu grandes feitos de ilusionismo. Suas apresentações despertam a curiosidade de um dos mais poderosos e céticos homens da Europa, o Príncipe Leopold. Certo de que as mágicas não passam de fraudes, Leopold vai ao show de Eisenheim disposto a desmascará-lo. Quando Sophie, noiva de Leopold, é chamada ao palco para participar de um número, ela reconhece em Eisenheim uma paixão juvenil. Eles iniciam um romance clandestino e o príncipe delega a um inspetor de polícia a missão de expor a verdade por trás do trabalho do mágico. Este, no entanto, prepara-se para executar a maior de suas ilusões.
O roteiro seduz o expectador, que acompanha cada reviravolta de maneira atônita. Os acontecimentos não se seguem lentamente, mas em uma velocidade em que o expectador consigua caminhar junto e se envolver. No entanto, essa dinâmica é perdida enquanto caminha para o final, especialmente quando ensaia uma história com fundo sobrenatural. A conclusão de O Ilusionista, repleta de reviravoltas e revelações – o que não deixa de surpreender a platéia hipnotizada -, é um tanto quanto atropelada, destoando do resto do filme, desenvolvido com tanto cuidado.
O Grande Truque
Título Original: The Prestige
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 128 minutos
Em muito O Ilusionista se assemelha a O Grande Truque. Porém, neste último, em vez de o foco estar no romance, está no egoísmo humano. Apesar de "O Ilusionista" ser melhor, "O Grande Golpe" tem bom roteiro também e um elenco de primeira. Aliás, apenas nesse quesito esse filme realmente é um grande destaque: o elenco.
"O Grande Truque" é um filme bonito,certinho,com boa reconstituição de época.Mas, o grande mérito,é a atuação de Hugh Jackman,fenomenal,que tirou(finalmente) a capa do Wolverine! No século 19, em Londres, Rupert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale) são dois mágicos cuja amizade transforma-se numa amarga rivalidade. A rivalidade torna-se tão intensa que ambos acabam tomando atitudes drásticas, que marcam as vidas de todos que os rodeiam.
Poucas vezes na história do cinema se viu duas pessoas que se odeiam tanto quando Angier e Borden. E saber retratar este ódio é um dos maiores trunfos da direção de Christopher Nolan. Com um roteiro extremamente inteligente, "O Grande Truque" é um filme que merece ser conferido. O longa nos ensina que para um bom truque funcionar basta fazer a audiência prestar atenção em uma coisa, enquanto o que realmente importa acontece às escondidas. Uma história que mostra até onde vai o orgulho do ser humano em não aceitar uma derrota.
O grande problema desse filme está mesmo na edição. Alguns cortes são extremamente bruscos e algumas montagens dão um ar de desleixo ao filme. Uma pena. Além disso, o ritmo extremamente acelerado e não claro pode confundir o expectador que não for muito bem atento.
Em suma, os dois são ótimos filmes, sendo "O Ilusionista" melhor, na minha opinião. Porém, os dois são pérolas e grandes destaques do ano e merecem ser conferidos.
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